“Quem é o Maior?”

29/09/2012 16:50

 

Planaltina, 23 de setembro de 2012

XXV DOMINGO DO TEMPO COMUM

Leituras: Sb 2, 12.17-20/Sl 53 (54)/ Tg 3, 16-4,3

Evangelho: Mc 9, 30-37

 

 

Quem é o Maior?”

 

            Quem é o maior lá na sua casa? Quem é o maior lá sua escola? Quem é o maior lá no seu trabalho, na sua pastoral, na sua paróquia? Quem é o maior no mundo de hoje? Em Jesus Cristo temos que aprender a ser grandes, mas não do jeito do mundo. Para o cristão tornar-se grande consiste em servir aos irmãos na humildade, fugindo da cobiça, da inveja, da rivalidade, da prepotência. O mundo propõe ao ser humano uma ideia de sucesso que anula a importância do outro, enquanto o projeto de Jesus tem em vista o outro como destinatário do meu serviço.

            O mundo de fato precisa de pessoas grandes. Grandes no amor, na humildade, na prática da justiça, na santidade, no respeito. Quer tornar-vos grande seja o servo de todos em sua casa, em sua comunidade, em seu trabalho. Mas este ser servo não significa abaixar a cabeça diante de tudo e de todos. Deve ser um serviço na verdade e à verdade. Não se trata de ser bonzinho com os outros para que os outros sejam bonzinhos com você. Trata-se de prestar ao mundo um serviço na verdade e na caridade. Este foi o caminho de Jesus Cristo.

            Para o cristão “reinar é servir a Deus nos seus irmãos”. Assim prescreve o Shemá: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças” (Dt 6, 4-6). Ou o homem se torna servo de Deus ou se torna escravo dos ídolos. Para Jesus Cristo o ser “ser entregue nas mãos dos homens”, não foi fruto de fraqueza ou de medo diante dos mesmos, mas manifestação de sua submissão a Deus à serviço da humanidade.

            É que no contexto salvífico para Jesus Cristo servir o Pai, fazer a vontade Dele passava por sua entrega aos homens. Mas nesta realidade também estava inclusa a sua ressurreição ao terceiro dia. De modo que também a ressurreição do Senhor foi um serviço ao Pai em favor dos homens. Por isso, Jesus Cristo é rei e Senhor da história, porque em tudo serviu ao Pai nos seus irmãos.

            Para o cristão não é diferente, o por se a serviço de todos, por causa de sua submissão à Deus, implicará constantemente, momentos de sacrifício, de renúncia. Renúncia, às vezes, de coisas que são até legítimas. Pois sem renúncias realidades que são importantes não se mantêm de pé. Sem renúncia, a família não subsiste, a comunidade não subsiste. Na convivência cristã temos que compreender que o outro não meu adversário é meu irmão.

            Por fim, Jesus repreende este espírito de rivalidade nos seus discípulos utilizando-se da imagem de uma criança: “Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo” (cf. Mt 9, 30-37). Pois a criança quando se aproxima de alguém ou lhe externa algum gesto de amor e ternura o faz na gratuidade, sem segundas intenções. Enquanto que o adulto está sempre propenso a deixar-se mover por interesses fugindo da gratuidade em seus relacionamentos.

 

 

 

Pe. Hélio Cordeiro dos Santos.

 

 


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